quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

FORTUITO ENCANTO


Esbarro, sem querer, nos teus avessos
e encontro-me lá dentro, bem guardado!
Respiro no presente algum passado
e bebo dos momentos mais travessos...

Arrisco-me com suaves arremessos
no rumo do teu peito − inda magoado −
remexo os teus cabelos tom prateado
e escondo-me nos cachos mais espessos!...

Ó bela fantasia radiante,
fortuito, nosso encanto foi bastante,
à luz crepuscular de outro sol-pôr!

Agora, caio em mim, bendito instante,
e vejo, na cor rósea em teu semblante,
o que restou de nós... o nosso amor!

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