segunda-feira, 2 de junho de 2014

ASSIM PERDI A BELA PATU

Conheci Bela Patu
Nas estradas dessa vida
Eu a chamava de ‘Tu’
Donzela bem resolvida
Mas um dia me atrapalhei...
Pra ela eu era um rei
Ela pra mim, mui querida!

Pensei escrever um verso
Pra chamar sua atenção
Quando vi já estava imerso
Em tremenda confusão:
Troquei as letras do tema
Que virou um outro fonema!
Espero ter seu perdão!

Troquei alhos por bugalhos
Zé Mané por Mané Zé
(Que estavam a descascar alhos
Na porta de Capilé)
Não teve jeito o remendo
Larguei tudo e fui correndo
Falar com dona Zezé.

Dona Zezé, boa mãe,
Elogiava sua filha
Mulherão desse ‘tamãe’
Mais que potranca, novilha!
Era a sogra que eu queria
Mas perdi naquele dia...
Deixou de ser maravilha!

Cheguei lá de mão vazia
De cabelo arrepiado
Meu estômago co’azia
E o corpo todo suado
Ela perguntou o que foi
E eu mal respondi um oi
Tava todo atrapalhado,

Pois era boa a intenção
(Que acabou sendo farjuta)
De praticar boa ação
Apesar de tanta luta:
Inverti o nome da filha
̶  Daquela bela novilha  ̶
Que, de Patu virou Puta!


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